O que é?
O transtorno do pânico é definido como crises recorrentes de forte ansiedade ou
medo. As crises de pânico são entendidas como intensas, repentinas e
inesperadas que provocam nas pessoas, sensação de mal estar físico e mental
juntamente a um comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para
um pronto socorro, seja buscando ajuda de quem está próximo.
A reação de pânico é uma reação normal quando existe uma situação que favoreça
seu surgimento. Estar num local fechado onde começa um incêndio, estar
afogando-se ou em qualquer situação com eminente perigo de morte, a sensação de
pânico é normal. O pânico passa a ser identificado como patológico e por isso
ganha o título de transtorno do pânico quando essa mesma reação acontece sem
motivo, espontaneamente. Nas situações em que a própria vida está ameaçada o
organismo toma medidas que normalmente não tomaria, perdendo o medo de pequenos
perigos para livrar-se de um perigo maior. Para fugir de uma cobra podemos
subir numa árvore mesmo tendo medo de altura ou fazendo esforços incomuns,
sofrendo pequenos ferimentos que no momento não são percebidos. O estado de
pânico é portanto uma reação normal e vantajosa para a auto-presenvação. Aqueles
que fogem mais rapidamente do perigo de morte têm mais chances de sobreviver.
O diagnóstico
O diagnóstico do transtorno do pânico possui critérios bem definidos, não
podemos classificar como transtorno do pânico qualquer reação intensa de medo.
Assim sendo estão aqui apresentados os critérios usados para fazer este
diagnóstico.
a) Existência de vários ataques no período de semanas ou meses.Quando houve
apenas um ataque é necessária a presença de significativa preocupação com a
possibilidade de sofrer novos ataques ou com as consequências do primeiro
ataque. Isto é demonstrado pela preocupação com doenças, intenção de ir ao
médico e fazer exames, vontade de informar-se a respeito de manifestações de
doenças.
b) Dentre vários sintomas pelo menos quatro dos seguintes devem estar
presentes:
1- Aceleração da frequência cardíaca ou sensação de batimento desconfortável.
2- Sudorese difusa ou localizada (mãos ou pés).
3- Tremores finos nas mãos ou extremidades ou difusos em todo o corpo.
4- Sensação de sufocação ou dificuldade de respirar.
5- Sensação de desmaio iminente.
6- Dor ou desconforto no peito (o que leva muitas pessoas a acharem que estão
tendo um ataque cardíaco)
7- Náusea ou desconforto abdominal
8- Tonteiras, instabilidade sensação de estar com a cabeça leve, ou vazia.
9- Despersonalização* ou desrezalização**.
10- Medo de enlouquecer ou de perder o controle de si mesmo.
11- Medo de morrer.
12- Alterações das sensações táteis como sensação de dormências ou formigamento
pelo corpo.
13- Enrubescimento ou ondas de calor, calafrios pelo corpo.
*A despersonalização é uma sensação comum nos estados ansiosos que pode surgir
mesmo fora dos ataques de pânico. Caracteriza-se por dar a pessoa uma sensação
de não ser ela mesma, como se estivesse saindo de dentro do próprio corpo e
observando a si mesmo.
**A desrealização é a sensação de que o mundo ou o ambiente em volta estão
diferentes, como se fosse um sonho ou houvesse uma núvem.
Essas duas sensações ocorrem em aproximadamente 70% da população geral não
significando como ocorrencia isolada uma manifestação patológica.
c) Há substâncias que podem geral reações de pânico como os estimulantes.
Quando o pânico ocorre sob esse efeito não se pode dar este diagnóstico assim
como também não pode ser dado em decorrência de outros estados ansiosos
anteriores como um ataque de pânico secundário a uma exposição forçada de um
fóbico social por exemplo.
Causas
As causas dos ataques de pânico são desconhecidas. Contudo cada um dos
pensamentos teóricos vigente possue suas próprias teorias. Observa-se também
que os pacientes ao procurarem o psiquiatra pela primeira vez geralmente
possuem suas próprias teorias ou explicações para o que está acontecendo
consigo. Por enquanto a única recomendação que o médico pode dar aos seus
pacientes é de não pensarem a respeito pois como não existem bases comprovadas
para se especular a respeito das causas do pânico, qualquer idéia tem muito
mais chances de estar errada do que certa. O paciente deve preocupar-se em
seguir o tratamento e levar sua vida normalmente ao invés de descobrir as
causas de seu transtorno.
Teorias
Neuroanatômica:
Baseando no princípio de que o ataque de pânico é uma perturbação do sistema
fisiológico que regula as crises normais de medo e ansiedade, cientistas
elaboraram hipóteses do fluxo de acontecimentos no cérebro dos pacientes com
pânico. Na figura abaixo está indicado que a reação de pânico começa no locus
ceruleus (LC) porque sua estimulação produz quase todas as reações fisiológicas
e autonômicas do pânico. O LC por outro lado se conecta ao nervo vago que se
estende a regiões do tórax e abdômen, podendo explicar a origem do mal estar
abdominal, sensação de sufocação e taquicardia tão frequentes nas crises de
pânico. A ponte, onde está localiozado o LC, possui amplas conecções com o
sistema límbico logo acima e é neste sistema onde se localizam as reações de medo
e ansiedade. A ponte é também caracterizada por estar fora da área onde se pode
exercer influência voluntária como na córtex, isto poderia explicar a origem
inesperada e incontrolável das crises.
Comportamental
Para o modelo comportamental a teoria neuroanatômica é insuficiente. Vários
princípios comportamentais estão envolvidos no desenvolvimento do pânico: o
condicionamento clássico, o princípio do medo do medo, a teoria da
interpretação catastrófica e a sensibilidade a ansiedade. No princípio do condicionamento
clássico o paciente desenvolve o medo a partir de um determinado estímulo e
sempre que exposto a esse estímulo, a recordação de medo é evocada fazendo com
que a pessoa associe a idéia do medo ao local onde se encontra. Por exemplo, ao
passar num túnel caso sinta-se mal por qualquer motivo passa a relacionar o
túnel ao mal estar e gerando equivocadamente nova reação de ansiedade, que
passa a ser reforçada pelo alívio da saído do túnel. Este modelo não pode
explicar todas as crises de pânico nem é pretenção do pensamento comportamental
explicar tudo a partir de uma só teoria comportamental.
Psicanalítica
A teoria psicanalítica afirma que as crises de pânico se originam do escape de
processos mentais inconcientes até então reprimidos. Quando existe no
inconsciente um processo como uma idéia, ou um desejo, ou uma emoção com o qual
o indivíduo não consegue lidar, as estruturas mentais trabalham de forma a
manter esse processo fora da consciência do indivíduo. Contudo quando o
processo é muito forte ou quando os mecanismos de defesa enfraquecem, os
processos reprimidos podem surgir "desautorizadamente" na consciência
do indivíduo pela crise de pânico. A mente nesse caso trabalho no sentido de
mascarar a crise de tal forma que o indivíduo continue sem perceber
conscientemente o que de fato está acontecendo consigo. Por exemplo o indivíduo
tem uma atração física por uma pessoa com quem não pode estabelecer contato,
por exemplo a própria irmã. Este desejo então fica reprimido porque a real
manifestação dele causaria intensa repulsa, raiva ou nojo de sí próprio. Para
que esses sentimentos negativos permanecem longe da consciência a estrutura
mental do indivíduo a mantém o desejo reprimido. Caso esse desejo surja apesar
do esforço por reprimir, o aparato mental o transforma o desejo noutra imagem,
podendo esta ser uma crise de pânico. Uma vez que o equilíbrio mental foi
ameaçado o funcionamento mental inconsciente transforma o conteúdo da repressão
numa crise de pânico.
Grupos de Risco
Aproximadamente 1,5 a 2% das pessoas é afetada por esse transtorno, o que
significa uma prevalência alta, sendo ainda mais alto, de 3 a 4% se os
critérios para diagnóstico não forem inteiramente preenchidos, ou melhor, se
considerarmos as crises parciais e os quadros de ataques de ansiedade atípicos.
As mulheres são mais afetadas do que os homens, sendo aproximadamente o dobro a
incidência do transtorno do pânico sobre as mulheres em relação aos homens, a
proporção então é de duas mulheres para cada homem. A idade de início
concentra-se em torno dos trinta anos, podendo começar durante a infância ou na
velhice. A mulher de 30 anos é o grupo sobre o qual observa-se maior incidência
desse transtorno.
Tempo de Duração
O curso do pânico é imprevisível, tanto pode durar alguns meses como pode durar
vários anos. Desde que o pânico começou a ser estudado, há poucas décadas,
ainda não foi possível se verificar em que percentagem ele dura a vida toda. Os
estudos de longo seguimento chegam a perto de uma década e aproximadamente 10%
dos pacientes continua sintomático após esse período, ou seja, continua tendo
ataques de pânico quando as medicações são suspensas. É importante notar que o
tratamento não cura o pânico, apenas suprime os sintomas e permite o paciente
ter uma vida normal, mas a suspenssão do tratamento leva a uma recaída caso não
tenha ocorrido uma remissão espontânea do transtorno. Mesmo bem conduzido o
tratamento não há nenhuma garantia de cura, ou os sintomas remitem sozinhos ou
permanece a necessidade de utilização das medicações. Há relatos de casos de
remissão espontânea durante a gestação
Medicações
O tratamento mais recomendado para o bloqueio das crises são os psicofármacos.
Os antidepressivos de todos os grupos e os tranquilizantes são eficazes no
controle das crises. Atualmente mediante a disponibilidade de vários
psicofármacos, dificilmente um paciente não melhora com alguma medicação. Todos
os grupos de antidepressivos testados mostraram-se eficazes, os tricíclicos e
tetracíclicos, os inibidores da recaptação da serotonina e os inibidores da
MAO. Apesar de todos os grupos terem sido testados com sucesso nem todas as
medicações de cada grupo foi cientificamente testada, presume-se apenas que
sejam eficazes. Assim, também os tranquilizantes benzodiazepínicos foram
testados e dependendo da dose, todos obtiveram sucesso. A decisão quanto a
escolha da medicação deve obedecer a critérios básicos como outras doenças
presentes no paciente, portadores de glaucoma não podem tomar tricíclicos, por
exemplo. Interações com outras medicações já em uso, história de reação
indesejável a determinadas medicações em escolha, características individuais
como os pacientes obesos devem optar preferencialmente pelos inibidores da recaptação
da serotonina, os pacientes muito magros por tricíclicos. Pessoas com problemas
sexuais devem evitar os inibidores da recaptação da serotonina. Por fim como há
entre essas medicações marcante diferença de preços é válido considerar isso
como critério de escolha desde que não seja feita em detrimento do bem estar do
paciente.
Quanto a estratégia de uso das medicações, é recomendável que os
antidepressivos sejam evitados isoladamente no início do tratamento. Como essas
medicações só passam a bloquear as crises após duas semanas em média, e
provocam uma piora do pânico no começo, é preferível que nesta fase seja dado
junto ao antidepressivo, um tranquilizante, que tanto poderá ser suspenso
depois, como continuar sozinho em monoterapia. Os tranquilizantes de escolha
são os de alta potância, embora os de baixa potência podem ser usados em doses
mais elevadas.
Terapias
A terapia cognitivo-comportamental é a única que pode ser indicada para o
tratamento do pânico, contudo as medicações são mais rápidas no bloqueio das
crises. Há pesquisadores que contestam o uso da terapia
cognitivo-comportamental para o transtorno do pânico, indicando apenas para o
tratamento da agorafobia.
Consequências do pânico
Frequentemente encontramos entre os paciente com pânico certas reações
distintas do próprio pânico mas oriundas dele. A mais comum é a agorafobia que
possui uma seção especial a ela dedicada. A ansiedade antecipatória é uma
ocorrência comum em outros transtornos de ansiedade, trata-se simplemente da
preocupação excessiva que antecede o eventos às vezes por alguns dias. Como o
paciente com pânico nunca sabe quando sofrerá nova crise está sempre
apreensivo, quando relaciona a crise a determinado local ou situação passa a
ter ansiedade referentes a eles. A evitação é o comportamento decorrente da
atribuição do local a sua crise, quem tem medo de ter crises em túneis por
exemplo dá voltas maiores para evitá-lo. Por fim, a hipocondria é uma
manifestação frequente no transtorno do pânico, apesar de encontrarmos poucas referências
nos livros a esse respeito, na prática é uma relação bastante comum. Como as
crises são fortes e muitas vezes associadas a mal estar cardíaco, os pacientes
acreditam que sofrem algum mal cardiológico e por isso são encontrados nos
consultório e laboratórios de exames cardíacos, além das emergências gerais
quando julgam estarem tendo um ataque cardíaco.
Coração
A ligação entre o pânico e doenças cardíacas é nula conforme diversos estudos
mostraram, ou seja, não existem evidências de que os ataques de pânico com
forte dores no peito venham a provocar qualquer tipo de doença cardíaca, nem as
doenças cardíacas por outro lado podem causar pânico.
O prolapso da válvula mitral é um alteração anatômica cardíaca inócua
frequentemente encontrada dentre os pacientes com pânico. Não se sabe ainda se
existe alguma ligação genética entre o prolapso e o pânico, não há nenhuma
prova de que o pânico leve a formação do prolapso nem o prolapso cause pânico
pois, muitas pessoas têm prolapso sem terem pânico. A concomitãncia entre essas
duas manifestações médicas é reconhecida e não muda em nada a evolução, o
tratamento e a gravidade do pânico, assim como o pânico não agrava o prolapso.
Como a sintomalotogia aparentemente cardíaca é grande no transtorno do pânico,
a frequência desses paciente nos consultórios cardiológicos é grande. Muitos
pacientes mesmo depois de convencidos de que não têm nada no coração continuam
indo às emergências com receio de infarto do miocárdio, isto demonstra o
caráter de incontrabilidade do transtorno do pânico como ocorre em todas
perturbações mentais.
Problemas gerais que podem se parecer com ataques de pânico
Nenhuma doença mental é letal nem provoca sequelas, mas outras doenças médicas
podem, por isso, sempre que há suspeitas da existência de algum problema
clínico causando uma manifestação parecida ao pânico, é imprescidível
investigar outros problemas médicos. As doenças mais parecidas aos ataques de
pânico são:
Hipertireoidismo ou hipotireoidismo
Hiperparatireoidismo
Feocromocitoma
Disfunções vestibulares
Convulsões
Intoxicação do sistema nervoso central
Doenças cardíacas
1. As alterações da tireoide geralmente possuem vários outros sintomas
inexistentes no pânico, como alterações significativas do peso, do dinamismo,
da pele por exemplo, além de poder ser diagnosticada através da dosagem dos
hormônios sanguíneos. As crises do pânico pelas alterações da tireoide podem
até ceder com um tratamento, mas isso não melhora o estado para o organismo. O
tratamento do pânico pode ser realizado enquanto se procede o devido controle
hormonal.
2. O hiperparatireoidismo é menos comum, mas alterações metabólicas podem fazer
com o que o paciente tenha fortes perturbações físicas que se exteriorizam como
crises de pânico.
3. O feocromocitoma é raro, trata-se do excesso de adrenalina e outras
catecolaminas circulantes. Além de crises de pânico o paciente pode sentir
tremores, cefaléia, taquicardia, sudorese, ansiedade, ruborização, hipertensão,
de forma que é muito parecido aos sintomas do pânico. Através da dosagem das
catecolaminas, em 24h este problema pode ser descartado.
4. As disfunções vestibulares são as perturbações do vestíbulo auditivo e o
cerebelo. As perturbações vestibulares cursam com tonteiras, enjôos, vômitos e
desequilíbrios mas não proporcionam sensação de medo. Apesar disso pode ser
confundida com o pânico.
5. Convulsões por serem inesperadas e de curta duração podem se parecer com
crises de pânico. As covulsões que cursam com perda dos sentidos e queda podem
ser descartadas porque o pânico não provoca isso, somente as crises que não
provocam perda de consciência podem ser consideradas como possíveis crises de
pânico.
6. O uso de certas substâncias como cocaína ou estimulantes podem levar a
crises de pânico típicas, mas não provocam o transtorno do pânico, ou seja, uma
vez eliminadas as substâncias psicotrópicas as crises de ansiedade cessam sem
deixar esse tipo de sequela.
7. Os problemas cardíacos devem sempre ser descartados. Um paciente com quadro
clínico compatível com transtorno do pânico e queixas cardíacas deve ser
encaminhado rotineiramente para o atendimento cardiológico. Caso surja algum
problema será uma mera coincidência, mas é melhor errar por excesso de zelo do
que esperar consequências danosas para o coração. É recomendável que isso seja
feito pois muitas medicações que tratam o pânico provocam pequenas alterações
no ritmo cardíaco.
Aos parentes
Frequentemente os paciente com pânico sofrem muito duas vezes, a primeira por
causa dos ataques e suas consequências e a segundo por causa da incompreensão
de que são vítimas. Como médico canso-me de ouvir de meus pacientes que seus
filhos, pais, cônjugues criticam-no por causa das crises achando que são
frescuras, que está na verdade precisando apanhar...!!!??? É verdade, a
primeira coisa que os parentes têm que fazer é compreender, aceitar e apoiar os
pacientes. O transtorno do pânico é uma doença como outra qualquer, o paciente
não escolheu tê-la, nem pode evitá-la.
Aqui estão algumas recomendações às pessoas que convivem com quem tem pânico:
Nunca diga:
Relaxe, acalme-se...
Você pode lutar contra isso...
Não seja ridícula(o)!
Não seja covarde!
Você tem que ficar (quando o paciente quer sair de onde está)
Recomendações
1. Não faça suposições a respeito do que a pessoa com pânico precisa, pergunte
a ela.
2. Seja previsível, evite surpresas
3. Proporcione a quem sofre de pânico a paz necessária para se recuperar.
4. Procure ser otimista para com quem pânico, procure aspectos positivos nos
problemas.
5. Não sacrifique sua própria vida pois acabará criando ressentimentos.
6. Não entre em pânico quando o paciente com pânico tiver um ataque.
7. Seja paciente e aceite as dificuldades de quem tem pânico mas não se
conforme como se ela(e) for uma inválida(o).
Última Atualização: 15-10-2004 - Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 02 Liv 14 Liv 05
Ref 323 -:/psicosite.com.br/tra/ans/panico.htm
(ap. Ely Silmar Vidal - skype: siscompar - fones: 041-41-99820-9599 (TIM) -
021-41-99821-2381 (CLARO e Whatsapp) - 015-41-99109-8374 (VIVO) -
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Que o Espírito Santo do Senhor nos oriente a todos para que possamos iluminar
um pouquinho mais o caminho de nossos irmãos, por isso contamos contigo.
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(ficaremos muito gratos que, ao replicar o e-mail, seja preservada a fonte)
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