Geralmente vemos esquerdistas se referirem a quem é da
direita como um "louco da direita", e daí por diante. O problema é
que a crença da direita é coerente até com o que a teoria da evolução tem a nos
dizer. Enquanto isso, a crença esquerdista é baseada em quê? É isso que
começamos a investigar de uma forma mais clínica a partir do livro The Liberal
Mind: The Psychological Causes of Political Madness, de Lyle Rossiter, lançado
em 2011.
Conforme a review da Amazon, já notamos a paulada que será dada nos
esquerdistas:
Liberal Mind traz o primeiro exame profundo da loucura política mais relevante
em nosso tempo: os esforços da esquerda radical para regular as pessoas desde o
berço até o túmulo. Para salvar-nos de nossas vidas turbulentas, a agenda
esquerdista recomenda a negação da responsabilidade pessoal, incentiva a
auto-piedade e outro-comiseração, promove a dependência do governo, assim como
a indulgência sexual, racionaliza a violência, pede desculpas pela obrigação
financeira, justifica o roubo, ignora a grosseria, prescreve reclamação e
imputação de culpa, denigre o matrimônio e a família, legaliza todos os
abortos, desafia a tradição social e religiosa, declara a injustiça da
desigualdade, e se rebela contra os deveres da cidadania. Através de direitos
múltiplos para bens, serviços e status social não adquiridos, o político de
esquerda promete garantir o bem-estar material de todos, fornecendo saúde para
todos, protegendo a auto-estima de todos, corrigindo todas as desvantagens
sociais e políticas, educando cada cidadão, assim como eliminando todas as
distinções de classe. O esquerdismo radical, assim, ataca os fundamentos da
liberdade civilizada. Dadas as suas metas irracionais, métodos coercitivos e
fracassos históricos, juntamente aos seus efeitos perversos sobre o
desenvolvimento do caráter, não pode haver dúvida da loucura contida na agenda
radical. Só uma agenda irracional defenderia uma destruição sistemática dos
fundamentos que garantem a liberdade organizada. Apenas um homem irracional
iria desejar o Estado decidindo sua vida por ele, ao invés e criar condições de
segurança para ele poder executar sua própria vida. Só uma agenda irracional
tentaria deliberadamente prejudicar o crescimento do cidadão em direção à
competência, através da adoção dele pelo Estado. Apenas o pensamento irracional
trocaria a liberdade individual pela coerção do governo, sacrificando o orgulho
da auto-suficiência para a dependência do bem-estar. Só um louco iria
visualizar uma comunidade de pessoas livres cooperando e ver nela uma sociedade
de vítimas exploradas pelos vilões.
O que temos aqui, na obra de Rossiter, é o tratamento do esquerdismo de forma
clínica, por um psiquiatra forense. (Um pouco mais no site do autor do livro, e
um pouco mais sobre sua prática profissional)
O modelo de mente esquerdista
O livro é bastante analítico, e, por vezes, até chato de se ler. Quem está
acostumado a livros de fácil leitura de autores conservadores de direita, como
Glenn Beck e Ann Coulter, pode até se incomodar. Outro livro que fala do mesmo
tema é Liberalism Is a Mental Disorder: Savage Solution, de Michael Savage. Mas
o livro de Savage é também uma leitura informal, embora séria. O livro de
Rossiter é acadêmico, de leitura até difícil, sem muitas concessões comerciais,
e de um rigor analítico simplesmente impressionante. Se não é sua leitura
típica para curar insônia, ao menos o conteúdo poderoso compensa o tratamento
seco e acadêmico dado ao tema.
Segundo Rossiter, a mente esquerdista tem um padrão, que se reflete tanto em um
padrão comportamental, quanto um padrão de crenças e alegações. Portanto, é
possível "modelar" a mente do esquerdista a partir de uma série de
padrões. A partir daí, Rossiter investiga uma larga base de conhecimento de
desordens de personalidade, e usa-as para modelar os padrões de comportamento
dos esquerdistas. Segundo Rossiter, basta observar o comportamento de um
esquerdista, mapear suas crenças e ações, e compará-los com os dados
científicos a respeito de algumas patologias da mente. A mente esquerdista pode
ser classificada como um distúrbio de personalidade por que as crenças e ações
resultantes deste tipo de mentalidade se encaixam com exatidão no modelo
psiquiátrico do distúrbio de personalidade. As análises de Rossiter são feitas
tanto nos contextos individuais (a crença do cidadão esquerdista em relação ao
mundo), como nos contextos corporativos (ação de grupo, endosso a políticos
profissionais, etc.).
Rossiter nos lembra que a personalidade é socializada pelos pais e pela
família, como uma parte do desenvolvimento infantil. Mesmo com a influência do
ambiente escolar, são os pais que preparam a criança para o futuro. A partir
disso, ele avalia o que é um desenvolvimento sadio, para desenvolver uma
personalidade apta a viver em um mundo orientado a valorização da competência,
dentro do qual essa personalidade deverá reagir. Uma personalidade sadia
reagiria bem a esse mundo já sem a presença dos pais, enquanto uma
personalidade com distúrbio não conseguiria o mesmo sucesso. Em cima disso,
Rossiter avalia a personalidade desenvolvida com os itens da agenda
esquerdista, demonstrando que muitos itens dessa agenda estão em oposição ao
desenvolvimento sadio da personalidade.
Para o seu trabalho, Rossiter classifica os esquerdistas em dois tipos:
benignos e radicais. Os radicais são aqueles cujas ações (agenda) causam dano a
outros indivíduos. De qualquer forma, os esquerdistas benignos (seriam os
moderados) dão sustentação aos esquerdistas radicais.
Rossiter define o homem como uma fonte autônoma de ação, ao mesmo tempo em que
está envolvido em relações, como as econômicas, sociais e políticas. Isto é
definido por Rossiter como a Natureza Bipolar do Homem, pois mesmo que ele seja
capaz de ação independente, também é restrito pelo contexto social, na
cooperação com os outros. A partir dessa constatação, tudo o mais flui. Para
permitir que o homem seja capaz de operar com sucesso em seu ambiente natural,
deve existir um desenvolvimento adequado da personalidade. Este desenvolvimento
da personalidade surge a partir dos outros, idealmente a mãe e a família.
Outro ponto central: toda a análise de Rossiter é feita no contexto de uma
sociedade livre, não de uma sociedade totalitária. Portanto, ele avalia o quão
alguém é sadio em termos de personalidade para viver em uma sociedade
democrática, e não em uma sociedade formalmente totalitária, como Coréia do
Norte, Cuba ou China, por exemplo.
Competência em uma sociedade livre
Fica claro que não devemos esperar de Rossiter avaliação sobre um modelo de
personalidade para toda e qualquer sociedade, pois ele é bem claro em seu
intuito: desenvolver e estudar personalidades competentes para a vida em uma
sociedade livre. A manutenção de tal sociedade requer regras para existir, que
devem ser codificadas em leis, hipóteses, assim como regras do senso comum.
Nesse contexto, as habilidades a seguir são aquelas de um adulto competente em
uma sociedade com liberdade organizada:
•Iniciativa – Fazer as coisas acontecerem.
•Atuação – Agir com propósito.
•Autonomia – Agir independentemente.
•Soberania- Viver independentemente, através da tomada de decisão
competente.
Rossiter define os direitos naturais do homem, para uma pessoa adulta vivendo
em uma sociedade de liberdade organizada. Estes compreendem o exercício,
conforme qualquer um escolher, das habilidades selecionadas acima, todas elas
sujeitas às restrições necessárias para uma sociedade com paz e ordem. Assim,
direitos naturais resultam da combinação de natureza humana e liberdade humana.
Natureza humana significa viver como alguém quiser, sujeito as restrições
necessárias para paz e ordem.
Considerando estes atributos humanos, Rossiter define como uma ordem social
adequada, aquela que possui os seguintes aspectos:
1.Honra a soberania do indivíduo
2.Respeita a liberdade do indivíduo.
3.Respeita a posse de propriedade e integridade dos contratos.
4.Respeita o princípio da igualdade sob a lei.
5.Requer limites constitucionais, para evitar que o governo viole os direitos
naturais.
Os aspectos acima são avaliados na perspectiva do indivíduo, não de grupos ou
classes, em um processo relacionado à individuação, conceito originado em Jung.
Neste processo, o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para
um estado de maior diferenciação, o que implicará necessariamente em uma
ampliação da consciência. A partir daí, surge cada vez mais o conhecimento de
si-mesmo, em detrimento das influências externas. Eventuais resistências à
individuação são causas de sofrimento e distúrbios psiquícos.
Segundo Rossiter, o indivíduo adulto que passou adequadamente pelo processo de
individuação assume de forma coerente seu direito a vida, liberdade e busca da
felicidade. Mesmo assim, isso não significa que ele pode fazer o que quiser,
pois deve respeitar o individualismo dos outros e interagir com eles através da
cooperação voluntária. Assim, o individualismo deve ser associado com
mutualidade, para o desenvolvimento de um adulto competente para viver em uma
sociedade de liberdade organizada.
Rossiter estuda com afinco as características de desenvolvimento do invidíduo,
de acordo com regras pelas quais ele pode viver em uma sociedade de liberdade
organizada, e lista sete direitos individuais do cidadão comum, dentro dos
quais ele pode exercitar sua autonomia, livre da interferência do governo:
1.Direito de auto-propriedade (autonomia)
2.Direito de primeira posse (para controlar propriedade que não tenha sido de
posse de ninguém antes)
3.Direito de posse e troca (manter, trocar ou comercializar)
4.Direito de auto-defesa (proteção de si próprio e da proriedade)
5.Direito de compensação justa pela retirada (a partir do governo)
6.Direito a acesso limitado (a propriedade dos outros em emergências)
7.Direito a restituição (por danos a si próprio ou propriedade)
Estes são normalmente chamados de direitos naturais, direitos de liberdade ou
direitos negativos. O governo deve ser estruturado para proteger estes direitos,
e precisa ser estruturado de forma que não infrinja-os. A obrigação do
governo em uma sociedade de liberdade organizada envolve implementar e
sustentar estas regras para proteger o cidadão de infrações cometidas tanto por
outros como pelo próprio governo.
Eis que surge o problema da mente esquerdista, que quer atacar basicamente
todos os pilares acima. Em cima disso, Rossiter levanta as crenças da mente
esquerdista, que, juntas, dão um fundamento do modelo da mente deles:
1.Modelos sociais ideais tradicionais estão ultrapassados e não se aplicam
mais.
2.A direção do governo é melhor do que ter os cidadãos tomando conta de si
próprios.
3.A melhor fundação política de uma sociedade organizada ocorre através de um
governo centralizado.
4.O objetivo principal da política é alcançar uma sociedade ideal na visão
coletiva.
5.A significância política do invidíduo é medida a partir de sua adequação à
coletividade.
6.Altruísmo é uma virtude do estado, embutida nos programas do estado.
7.A soberania dos indivíduos é diminuída em favor do estado.
8.Direitos a vida, liberdade e propriedade são submetidos aos direitos
coletivos determinados pelo estado.
9.Cidadãos são como crianças de um governo parental.
10.A relação do indivíduo em relação ao governo deve lembrar aquela que a
criança possui com os pais.
11.As instituições sociais tradicionais de matrimônio e família não são muito
importantes.
12.O governo inchado é necessário para garantir justiça social.
13.Conceitos tradicionais de justiça são inválidos.
14.O conceito coletivista de justiça social requer distribuição de riqueza.
15.Frutos de trabalho individual pertencem à população como um todo.
16.O indivíduo deve ter direito a apenas uma parte do resultado de seu
trabalho, e esta porção deve ser especificada pelo governo.
17.O estado deve julgar quais grupos merecem benefícios a partir do governo.
18.A atividade econômica deve ser cuidadosamente controlada pelo governo.
19.As prescrições do governo surgem a partir de intelectuais da esquerda, não
da história.
20.Os elaboradores de políticas da esquerda são intelectualmente superiores aos
conservadores.
21.A boa vida é um direito dado pelo estado, independentemente do esforço do
cidadão.
22.Tradições estabelecidas de decência e cortesia são indevidamente restritivas.
23.Códigos morais, éticos e legais tradicionais são construções políticas.
24.Ações destrutivas do indivíduo são causadas por influências culturais
negativas.
25.O julgamento das ações não deve ser baseado em padrões éticos ou morais.
26.O mesmo vale para julgar o que ocorre entre nações, grupos éticos e grupos
religiosos.
Como tudo na vida, o aceite de crenças tem consequências. No caso do aceite das
crenças esquerdistas, consequências incluem:
1.Dependência do governo, ao invés de auto-confiança.
2.Direção a partir do governo, ao invés da auto-determinação.
3.Indulgência e relativismo moral, ao invés de retidão moral.
4.Coletivismo contra o individualismo cooperativo.
5.Trabalho escravo contra o altruísmo genuíno.
6.Deslocamento do indivíduo como a principal unidade social econômica, social e
política.
7.A santidade do casamento e coesão da família prejudicada.
8.A harmonia entre a família e a comunidade prejudicada.
9.Obrigações de promessas, contratos e direitos de propriedade enfraquecidos.
10.Falta de conexão entre premiações por mérito e justificativa para estas
premiações.
11.Corrupção da base moral e ética para a vida civilizada.
12.População polarizada em guerras de classes através de falsas alegações de
vitimização e demandas artificiais de resgate político.
13.A criação de um estado parental e administrativo idealizado, dotado de
vastos poderes regulatórios.
14.Liberdade invididual e coordenação pacífica da ação humana severamente
comprometida.
Aliás, eu acho que Rossiter esqueceu de consequências adicionais como: (15)
Aumento do crime, devido a tolerância ao crime, e (16) Incapacidade de uma base
lógica para que a sociedade sequer tenha condição de julgar o status em que se
encontra.
Por que a mente esquerdista é uma patologia?
Para Rossiter, a melhor forma de avaliar a mente do esquerdista é a através dos
valores que ele tem, e os que ele rejeita. Mais:
Como todos os outros seres humanos, o esquerdista moderno revela seu verdadeiro
caráter, incluindo sua loucura, nos valores que possui e que descarta. De
especial interesse, no entanto, são os muitos valores sobre os quais a mente
esquerdista não é apaixonada: sua agenda não insiste em que o invidívuo é a
principal unidade econômica, social e política, ele não idealiza a liberdade
individual em uma estrutura de lei e ordem, não defende os direitos básicos de
propriedade e contrato, não aspira a ideais de autonomia e reciprocidade
autênticas. Ele não defende a retidão moral ou sequer compreende o papel
crítico da moralidade no relacionamento humano. A agenda esquerdista não
compreende uma identidade de competência, nem aprecia sua importância, e muito
menos avalia as condições e instituições sociais que permitam seu
desenvolvimento ou que promovam sua realização. A agenda esquerdista não compreende
nem reconhece a soberania, portanto não se importa em impor limites estritos de
coerção pelo estado. Ele não celebra o altruísmo genuíno da caridade privada.
Ele não aprende as lições da história sobre os males do coletivismo.
Rossiter diz que as crianças não nascem com este "programa", que é
adquirido especialmente durante o aprendizado escolar. Em resumo: um adulto,
competente para operar em uma sociedade de liberdade organizada, na maior parte
das vezes adquire estes valores dos pais e da família, mas um esquerdista
radical não.
Basicamente, o esquerdismo pode ser caracterizado como uma neurose, baseada nos
traumas do relacionamento com a família durante o desenvolvimento da
personalidade. Sendo uma neurose de transferência, ela compreende as projeções
inconscientes das psicodinâmicas da infância nas arenas políticas da vida
adulta. É o resultado de uma falha no treino da criança nos elementos
psicodinâmicos básicos de um adulto, competente para viver em uma sociedade de
liberdade organizada. (Obviamente, um esquerdista jamais irá reconhecer as
"fendas" em seu desenvolvimento de criança até um adulto)
Rossiter nos diz mais:
Sua neurose é evidente em seus ideais e fantasias, em sua auto-justiça,
arrogância e grandiosidade, na sua auto-piedade, em suas exigências de
indulgência e isenção de prestação de contas, em suas reivindicações de
direitos, em que ele dá e retém, e em seus protestos de que nada feito
voluntariamente é suficiente para satisfazê-lo. Mais notadamente, nas demandas
do esquerdista radical, em seus protestos furiosos contra a liberdade
econômica, em seu arrogante desprezo pela moralidade, em seu desafio repleto de
ódio contra a civilidade, em seus ataques amargos à liberdade de associação, em
seu ataque agressivo à liberdade individual. E, em última análise, a
irracionalidade do esquerdista radical é mais aparente na defesa do uso cruel
da força para controlar a vida dos outros.
Agora fica mais fácil entender por que os esquerdistas são tão frustrados e
raivosinhos em suas interações, não?
Os cinco déficits principais do esquerdista
Um esquerdista apresenta, segundo Rossiter, cinco principais déficits, cada um
mais evidente nas diversas fases do desenvolvimento, desde os primeiros meses
após o nascimento, até a entrada da fase adulta.
Confiança básica: O primeiro déficit relaciona-se a confiança básica. Isto é, a
falta de confiança nos relacionamentos entre pessoas por consentimento mútuo.
Por isso, o esquerdista age como se as pessoas não conseguissem criar boas
vidas por si próprios através da cooperação voluntária e iniciativa individual.
Por isso, colocam toda essa coordenação nas mãos do estado, que funciona como
um substituto para os pais. Se a criança não consegue conviver com os irmãos,
precisa de pais como árbitros. Este déficit inicia-se no primeiro ano de vida.
As interações positivas de uma criança com a mãe o introduzem a um mundo de
relacionamento seguro, agradável, mutuamente satisfatório e a partir do
"consentimento" entre ambas as partes. Mas caso exista um relacionamento
anormal e abusivo na infância, algo de errado ocorre, e essa aquisição de
confiança básica é profundamente comprometida. Lembremos que a ingenuidade é
problemática, mas o esquerdista é ingênuo perante o governo, que tem mais poder
de coerção, enquanto suspeita dos relacionamentos humanos não abitrados pelo
governo.
Autonomia: Após os primeiros 15 meses, uma criança começa a incorporar os
fundamentos de autonomia, auto-realização, assim como fundamentos de
mutualidade, ou auto-realização (assim como realização dos outros). A partir
dessa fase, a criança começa a agir por si própria para ter suas necessidades
satisfeitas, de acordo com aqueles que cuidam dela. Junto com a ideia de
autonomia, surgem ideias como auto-confiança, auto-direção e auto-regulação. A
criança "mimada", que cresce dependente do excesso de indulgência dos
pais é privada das virtudes de auto-confiança e auto-controle e de atitudes
necessárias para cooperação com os outros.
Iniciativa: No desenvolvimento normal, esta é a capacidade de se iniciar
bons trabalhos para bons propósitos, sendo desenvolvida nos primeiros quatro ou
cinco anos da vida de uma criança. No caso da falta de iniciativa, há falta de
auto-direção, vontade e propósito, geralmente buscando relacionamentos com os
outros de forma infantil, sempre pedindo por condescendência, ao invés de lutar
para ser respeitado. Pessoas como esta personalidade normalmente assumem um
papel infantil em relação ao governo, votando para aqueles que prometem
segurança material através da obrigação coletiva, ao invés de votar naqueles
comprometidos com a proteção da liberdade individual. A inibição da iniciativa
pode ocorrer por culpa excessiva adquirida na infância, surgindo, por
instância, do completo de Édipo.
Diligência: Assim como a iniciativa é a habilidade de iniciar atos com boas
metas, diligência é a habilidade para completá-los. A criança, no seu
desenvolvimento escolar, se torna apta a completar suas ações de forma cada vez
mais competente. Na fase da diligência, a criança aprende a fazer e realizar
coisas e se relacionar de formas mais complexas com pessoas fora de seu núcleo
familiar. A meta desta fase é o desenvolvimento da competência adulta. É a era
da aquisição da competência econômica e da socialização. Nessa fase, se aprende
a convivência de acordo com códigos aceitos de conduta, de acordo com as
possibilidades culturais de seu tempo, de forma a canalizar seus interesses na
direção da cooperação mútua. Quando as coisas não vão muito bem, surgem
desordens comportamentais, uso de drogas, ou delinquência, assim como o
surgimento de ações que sabotam a cooperação. A tendência é a geração de um
senso de inferioridade, assim como déficits nas habilidades sociais, de
aprendizado e identificações construtivas, que deveriam ser a porta de entrada
para a aquisição da competência adulta. Atitudes que surgem destas emoções
patológicas podem promover uma dependência passiva comportamental como uma
defesa contra o medo diante das relações humanas, vergonha, ou ódio.
Identidade: O senso de identidade do adolescente é alterado assim que ele
explora várias personas, múltiplas e as vezes contraditórias, na construção de
seu self. Ele deve se confrontar com novos desafios em relação ao balanço já
estabelecido entre confiança e desconfiança, autonomia e vergonha, iniciativa e
culpa, diligência e inferioridade. Esta fase testa a estabilidade emocional que
foi desenvolvida pela criança, assim como sua racionalidade, sendo de adequação
e aceitabilidade, superação de obstáculos, e o aprofundamento das habilidades
relacionais. O desenvolvimento desta identidade adulta envolve o risco
percebido de acreditar nas instituições sociais. O adulto quer uma visão do
mundo na qual possa acreditar. Isto é especialmente importante se ele sofreu
formas de abuso anteriormente. Sua consciência ampliada de quem ele é facilita
uma integração entre suas identidades do passado e do presente com sua
identidade do futuro. Nesta fase do desenvolvimento o jovem pode ser vítima das
ofertas ilusórias do esquerdismo. É a fase "final" da escolha.
Uma cura para o esquerdismo?
Com uma identidade mantida por uma série de neuroses, o esquerdista não
consegue mais assumir responsabilidades pelos seus atos, e muito menos pelas
consequências de suas ações. Tende a se fazer de vítima para conseguir o que
quer, e não se furta em mentir para conseguir seus objetivos. É quando podemos
questionar: há uma cura para isso tudo? Possivelmente, mas a questão é que o
esquerdista deve buscar ajuda por si próprio, mas quanto mais ele estiver
recebendo reforço de seus grupos, menos vontade ele terá para fazê-lo. Ao
contrário, mesmo com tantos déficits e tamanhos delírios, ele sempre julgará
estar com a razão.
Diante disso, quem pode fazer algo pelos esquerdistas são os direitistas, mas
isso só pode acontecer pela via da refutação e do desmascaramento de suas
ações. Incapazes de julgarem seus próprios atos, jamais se deve confiar no
auto-julgamento de um esquerdista. Todas as auto-rotulagens e outro-rotulagens
tendem a ser mentirosas, assim como seus argumentos. A refutação de uma parte
externa, não contaminada pela ideologia esquerdista, é a única alternativa que
pode dar um fio de esperança ao esquerdista.
Entretanto, mesmo que ainda exista esperança para o esquerdista, os maiores
afetados são os não-esquerdistas, que possuem suas vidas impactadas por suas
crenças. Por isso, as nossas ações não devem ser realizadas primeiramente em
prol de salvar os esquerdistas de suas patologias (envergonhando-o, por suas
mentiras, assim como denunciando suas chantagens emocionais) , mas sim por
salvar-nos das consequências de suas neuroses e psicoses.
Nesse intento, entender por que eles achem assim, como eles se sentem, e o que
os tornou assim, passa a ser essencial. Neste ponto, a obra de Lyle Rossiter é
simplesmente um achado.
-lucianoayan.com/2013/02/26/o-psiquiatra-lyle-rossiter-nos-comprova-que-o-esquerdismo-e-uma-doenca-mental/