Um pastor foi brutalmente espancado na porta de sua
Igreja por fazer campanha política durante os cultos em favor do presidenciável
Jair Bolsonaro. Os responsáveis pelo ato selvagem foram identificados como
militantes dos Direitos Humanos.
A família do pastor Ademar Rodrigues de Souza, mais conhecido no meio
evangélico como Ademar da Unção, está desolada. Na noite do último domingo o
pastor foi barbaramente agredido na porta de sua Igreja. A agressão foi tão
severa que o pastor até o momento não saiu da UTI e seu quadro é apontado pelos
médicos como extremamente grave.
O fato motivador da agressão teria sido o conteúdo político de suas pregações.
Fiéis comentaram com a FOLHA que Ademar da Unção frequentemente contextualizava
os textos bíblicos usando citações do deputado Jair Bolsonaro. Na noite do
ocorrido ele havia usado uma referência de Timóteo 2:14 pra falar sobre o
governo Dilma:
"E Adão não foi enganado, mas sim a mulher, que, tendo sido enganada,
tornou-se transgressora".
Segundo o pastor a mulher tem maior inclinação para a transgressão que o homem.
Em mais de 120 anos de república nenhum presidente roubou tanto quanto a Dilma.
Ela é a nossa Eva. A corrupção é a nossa Serpente. As verbas de campanha são o
fruto proibido. E Jair Bolsonaro nossa salvação. Ele durante o culto de ontem a
noite havia pedido para que os fiéis jamais votassem em qualquer outra mulher
para cargo público.
O pastor também citou o livro de Provérbios para justificar a presença da
mulher no lar e não na vida pública.
"Mulher virtuosa se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas
servas. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça".
(Provérbios 31.10-27)
A persistência do conteúdo político nos cultos do pastor Ademar já havia sido
denunciada oito vezes apenas este ano para a Comissão de Direitos Humanos do
município de Iguaba Grande, no Rio de Janeiro. Na noite de ontem (13/06/2016)
os representantes da CDHIG-RJ foi a sede da Igreja da Unção Sagrada e
assistiram ao culto e presenciaram os supostos desrespeitos aos Direitos
Humanos na pregação do pastor.
Ao final do culto o Pastor Ademar da Unção foi notificado. Já não existiam mais
fiéis na Igreja. As câmeras de videomonitoramento mostram uma discussão no
momento da entrega do documento. Visivelmente alterado o pastor arremessa sobre
os integrantes da Comissão de Direitos Humanos um grande volume do azeite
sagrado. Neste momento um dos integrantes da Comissão de Direitos Humanos dá um
soco no nariz do pastor. Ademar vai ao chão e é chutado por nove minutos consecutivos
por dois outros membros. Ao final da agressão uma representante da Comissão de
Direitos Humanos escarra na cara do pastor.
Todos foram embora sem prestar socorro. O pastor foi socorrido 4 horas depois
pelos familiares que acharam estranha a demora do pastor e foram a Igreja
averiguar o que teria ocorrido. Encaminhado para o hospital em quadro definido
como extremamente grave ele está até agora entre a vida e a morte e
dificilmente sairá desta condição sem sequelas gravíssimas.
A polícia trabalha em duas linhas de investigação. Uma seria a versão
apresentada pela família, de que os agressores fossem de fato os mesmos
integrantes da Comissão de Direitos Humanos que notificaram o pastor. A outra
linha seria que os agressores seriam criminosos relacionados com a agiotagem,
uma vez que o pastor Ademar da Unção e suspeito de ser agiota.
Que a paz do Senhor abençoe esta família.
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