Devastador o conteúdo das gravações reveladas pelo Jornal
Folha de São Paulo. Surge novos detalhes: O mais importante está
concentrado na conversa mantida entre o ex-presidente José Sarney,
o maior cacique vivo do PMDB e o delator Sérgio Machado, ex-presidente da
Transpetro. Sem nenhum cuidado, pois não sabia que estava sendo gravado, Sarney
não faz rodeios em afirmar que, pessoalmente a presidente afastada Dilma
Roussef interferiu para que a Construtora Odebrecht realizasse pagamentos ao
marqueteiro João Santana, preso em Curitiba, para quitar dívidas de
campanha. Dinheiro sujo desviado da Petrobrás e outras obras financiadas
pelo governo brasileiro.
Nesse caso, não se está tratando de um "informante"
desqualificado. José Sarney é o mais longevo dos políticos
"forjados" pelo governo militar que assumiu o poder em 1964.
Brasília conhece muito bem o poder que o ex-presidente exerce na esplanada dos
ministérios. Nenhuma indicação feita pelo PMDB, para que filiados integrassem
os governos petistas de Lula e Dilma ocorreu sem a "benção" de
Sarney. Ele é uma espécie de Papa do PMDB.
As "confissões" de José Sarney de que a Construtora
Odebrecht possui uma metralhadora giratória, calibre 50, pronta para ser
acionada, representa "um prenúncio" que nada ficará em pé nas cúpulas
partidárias do PT, PMDB e PP. Sabe "a velha raposa" da "gana"
que toma conta do coração de Emílio Odebrecht por ver seu filho Marcelo Bahia
recolhido a uma prisão comum há quase um ano, em Curitiba.
José Sarney não pensou duas vezes em afirmar ao "delator Machado" que
o patriarca do Clã Odebrecht vai sair atirando para todo lado e quem
ninguém se salvará, pois Emílio tem munição para uma longa e sangrenta
guerra, e que os infiéis serão os primeiros a ser executados. Leia-se Lula e
Dilma!
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