Observem que doce de pessoa os Direitos humanos querem
defender... Só se fala no travesti que foi maltratado e que teve seus direitos
feridos, mas o que a pessoa causou a esta senhora, diga-se de passagem idosa, e
ao guarda, do qual ela arrancou a orelha a dentadas, não se fala nada. Creio
que os direitos aqui estão trocados, não se trata de direitos humanos, sim de
direitos dos animais... (apóstolo ely silmar vidal)
"Eu abri a porta e ela disse que ia me matar", diz idosa agredida por
travesti em São Paulo
Laura perdeu os dentes, quebrou o braço e nariz, além de ferimentos em todo o
corpo
Dona Laura só consegue ficar sentada; ela está com várias marcas roxas pelo
corpo (Sylvia Albuquerque/R7)
"Você é o Satanás e eu vou te matar". Assim começou o pesadelo de
Laura P., de 73 anos, no último dia 11. Após abrir a porta de seu apartamento,
ela ouviu a ameaça de sua vizinha, a travesti Verônica Bolina, de 25 anos, e
começou a ser espancada.
Dona Laura recebeu a reportagem do R7 em casa neste sábado (18), no bairro da
Bela Vista, em São Paulo. Uma semana após a agressão, marcas de sangue ainda
mancham as paredes do andar onde ela mora.
O caso ficou conhecido depois que a travesti foi presa e arrancou a orelha de
um carcereiro, teve fotos divulgadas em que aparece sem blusa e com o rosto
machucado, o que levantou denúncia de entidades que defendem os direitos
humanos.
Imagens: Idosa teve traumatismo craniano e perdeu dentes
Laura está com o nariz e um braço quebrados, várias marcas roxas pelo corpo,
ligamentos das pernas rompidos e dezenas de pontos no couro cabeludo, após
passar por uma cirurgia para tratar um traumatismo craniano. Ela ainda perdeu
todos os dentes da parte superior da boca.
Desde então, ela só consegue ficar sentada, única posição que encontrou para
dormir.
O confronto
Segundo Dona Laura, ela estava trabalhando no sofá de casa quando Verônica, que
mora no mesmo andar, bateu à porta.
— Eu estava sentada trabalhando quando ele bateu na porta. Ele disse "você
é o Satanás e vou te matar". Depois começou a me dar socos.
Uma outra travesti que mora no mesmo andar, conhecida como Beatriz, foi quem
entrou no apartamento para ajudar a idosa. Segundo o boletim de ocorrência, ela
também apanhou de Verônica, assim como uma terceira vizinha, Lívia.
Laura conta que, no momento em que a Beatriz interviu na briga, as duas saíram
do apartamento. A idosa então trancou a porta, mas Verônica conseguiu
arrombá-la para uma nova agressão, dessa vez com mais violência.
Com uma bengala nas mãos, Verônica quebrou diversos móveis e objetos do flat.
Ela ainda teria jogado uma cadeira contra Dona Laura.
— Se não fosse a Bia [travesti], eu estaria morta. Ela salvou a minha vida. Eu
nunca tive problema nenhum com a Verônica, pelo contrário, todas as vezes que
nos víamos pelo corredor nos cumprimentávamos. Eu nunca reclamei de barulho e
nunca briguei. Ele simplesmente invadiu a minha casa e quase me matou.
Laura é corretora de seguros e trabalha em casa, no flat onde vive há seis
anos. Ela disse que nunca se importou com os travestis e garotas de programa
que moram e trabalham no local.
— Eu nunca me importei com o que fazem ou deixam de fazer. Minha vida se passa
da minha porta para dentro. Só que eu quero justiça, porque apanhei muito e por
quase meia hora.
O filho da idosa, Augusto P., é quem está cuidando do processo e quem
acompanhou os desdobramento da prisão de Verônica — levada para o 2° DP, ela
arrancou a orelha de um carcereiro no local.
— Estamos revoltados porque estão querendo transformar a Verônica em uma
heroína. Ela teve a dignidade tirada por estar no chão com os seios à mostra.
Mas e minha mãe? Eu quero justiça pelo que ele fez, independente se ele é
travesti ou se fosse homem, ou uma mulher. Outra travesti salvou a vida da
minha mãe e devo toda gratidão do mundo.
Outros moradores do edifício disseram à reportagem, na condição de anonimato,
que a violência de Verônica foi causada por um surto por conta do uso de crack.
A reportagem também encontrou a mãe de Verônica, Marli Ferreira Alves
Francisco, de 48 anos, que estava no local esvaziando o flat da filha. Ela
disse que "minha filha está bem", antes de avisar que não vai mais
falar com a imprensa por orientação dos advogados.
Espancamento em delegacia
Verônica foi indiciada por tentativa de homicídio contra Laura, dano
qualificado, desacato, resistência e lesão corporal, além de tentativa de
homicídio pela agressão contra o carcereiro. Os inquéritos correm no 78 e 2°
DP. Verônica foi transferida para um presídio na sexta-feira (17).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que "ela foi ouvida na
tarde desta quarta-feira e confirmou que, quando estava detida em uma cela,
expôs a genitália e começou a se masturbar, o que provocou a revolta dos outros
presos. Para conter a situação, um carcereiro entrou na cela para retirá-la,
quando Verônica o atacou com uma mordida na orelha. O delegado esclarece que
Verônica se machucou durante esses confrontos".
O órgão afirmou ainda que o caso será investigado pela corregedoria para apurar
a conduta dos policiais envolvidos na agressão contra Verônica. O caso ganhou
grande notoriedade depois que entidades de defesa dos direitos humanos
questionaram fotos divulgadas em que Verônica aparece no chão, sem blusa e com
o rosto ferido depois de ter apanhado.
-noticias.r7.com/sao-paulo/eu-abri-a-porta-e-ela-disse-que-ia-me-matar-diz-idosa-agredida-por-travesti-em-sao-paulo-19042015
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