A batalha do impeachment já está perdida. As previsões
são de que o processo será aprovado pelos senadores na segunda quinzena de
maio, com afastamento provisório da presidente Dilma Rousseff por 180 dias. A
partir daí, o vice-presidente Michel Temer estará em exercício, à frente de um
ministério de notáveis, liderados por Henrique Meirelles, que vai fazer a
diferença em relação ao governo incompetente e titubeante da mulher sapiens,
circunstância que fortalecerá ainda mais a aprovação definitiva do impeachment.
Hoje, o placar do Estadão já é de 50 votos a 20, com 11 indecisos. Portanto, a
tendência é de Dilma Rousseff ser cassada por 58 votos a 23. Até a decisão
final, daqui a alguns meses, é praticamente certo que até aumente o número de
senadores contra ela.
ACREDITANDO EM MILAGRE
Na base da tarja preta, Dilma ainda acredita em milagre, mas Lula, o PT e o
governo já estão conscientes da realidade virtual, que não poderá ser
revertida. Ou seja, em breve o partido estará fora do poder e dificilmente
conseguira recuperá-lo nas próximas eleições. A derrocada é flagrante. Um
quinto dos prefeitos que o PT elegeu já se desfiliou. E há notícias de que 26
deputados federais também deverão abandonar a legenda, para se integrar ao novo
partido que está sendo criado pelo ex-governador gaúcho Tarso Genro.
Aliás, não podemos deixar de mencionar que Tarso Genro é exemplo de
enriquecimento ilícito. Em 2015, quando o MST de Stédile invadiu uma das
fazendas de sua filha Luciana Genro, para fazer provocação, ela ficou furiosa,
mas o pai a tranquilizou, dizendo: "Esqueça esta fazenda, pode deixar que
eu compro outra para você". Esta notícia, publicada com destaque na
imprensa gaúcha, infelizmente não teve repercussão nacional. Luciana é uma
espécie de "Soninha Toda Pura" do PSOL e Genro está criando seu
próprio partido, vejam que família bem sucedida.
DESEMPREGO NO PT
Voltando ao fim da Era do PT, além do desemprego que afeta o país, desta vez
serão milhares de militantes petistas que perderão os cargos de que desfrutam
hoje, incluindo ministérios, secretarias, estatais e afins, como os órgãos do
Sistema S (Sesi, Senai, Sesc etc.), os fundos de pensão e tudo o mais.
Pela primeira desde 2003, estes petistas terão de lutar pela sobrevivência na
iniciativa privada. Os ainda ministros Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto,
Edinho Silva, Aldo Rebelo e Aloizio Mercadante, se ainda não enriqueceram como
tantos outros correligionários, agora terão de lutar por uma vaga no mercado de
trabalho. Entre todos eles, apenas José Eduardo Cardozo tem vaga garantida,
pois é procurador do município de São Paulo e pode pedir reintegração.
Cardozo é um felizardo, seu futuro está garantido, mas não se pode dizer o
mesmo em relação aos milhares de militantes petistas que ficarão ao léu.
LULA NO DESESPERO
O desemprego petista vai afetar até mesmo o famoso Instituto Lula, que tem
elevado custo mensal e faz tempo que as receitas das falsas palestras deixaram
de irrigar a contabilidade. Os dirigentes Paulo Okamotto, Luiz Dulci, Ana Ant,
Paulo Vanucchi e Celso Marcondes já sentiram o drama e o site do Instituto
passou a pedir contribuições aos militantes petistas.
No desespero, Lula tenta resistir no grito, incitando o PT e os movimentos
sociais a sair às ruas e lutar contra o impeachment. Nesta segunda-feira, ao
participar do Seminário Internacional da Aliança Progressista, em São Paulo, o
ex-presidente foi claro. "Nós do PT vamos resistir, vamos lutar, porque
com a democracia não se brinca. Se preparem porque, se pensam que vão destruir
o PT e a nossa motivação, é só olhar para as ruas e ver a diferença do nosso
povo", disse Lula, prevendo tempos difíceis e de embate no país, com o
processo de impeachment de Dilma em andamento.
"Aqui no Brasil vai ter muita luta. Esperem que viveremos momentos de
combate democrático", anunciou.
AMEAÇAS SINISTRAS
Lula sabe que a Era do PT está no fim. Tenta revivê-la através de ameaças e de
incitação ao confronto. Até agora, não houve enfrentamentos graves, mas tudo
pode acontecer quando o Senado for votar o afastamento da presidente Dilma,
agora em maio.
Renan Calheiros (PMDB-RJ), na condição de presidente do Senado, está prometendo
votar o afastamento no dia 15 de maio, dentro de três semanas, mas não se pode
confiar nele, tudo indica que pretende retardar ao máximo a decisão, levando-a
ao final de maio ou início de junho.
O resultado é que o clima irá se acirrando cada vez mais. Ninguém sabe o que
poderá acontecer quando João Pedro Stédile atender a Lula e colocar seu
"exército" nas ruas. É aí que mora o perigo, como se diz hoje em dia.
Fonte: Tribuna da Internet - 26/04/2016 Carlos
Newton
-http://www.debatesculturais.com.br/lula-incita-pt-e-movimentos-sociais-a-partir-para-a-radicalizacao/
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