Deu tudo errado. Antes que o PT desse consequência a seus
delírios totalitários, que vinham consubstanciados numa proposta absurda de
reforma política, a economia começou a desandar. Ou melhor: a fortuna bilionária
de todos os erros começou a cobrar a sua fatura
Às portas do Palácio do Planalto, Lula parecia pra lá de Marrakesh. Estava
aéreo, bateu palma poucas vezes, os olhos estavam injetados. Havia ansiolítico
ali. Compreensível! Via desmoronar o poder petista, concebido para ser eterno.
Há muito o PT já é também poder, não apenas projeto. Na cabeça dos valentes, no
entanto, a obra só se completaria com o extermínio dos adversários. E, no
entanto, acontece isso que se vê.
Cumpre lembrar: o PT quebrou as pernas do DEM, emparedava o PSDB e já se
preparava para se voltar com o PMDB, o seu mais importante aliado adversário, e
até contra os evangélicos, com os quais pretendia conquistar "fiéis".
Deu tudo errado. Antes que o PT desse consequência a seus delírios totalitários,
que vinham consubstanciados numa proposta absurda de reforma política, a
economia começou a desandar. Ou melhor: a fortuna bilionária de todos os erros
começou a cobrar a sua fatura. E veio à luz, então, a Lava Jato. As crises
econômica e política de conjugaram, e a real natureza do PT se revelou como
nunca antes na história "destepaiz".
Mais uma vez, os petistas resolveram usar a sua arma nada secreta: Lula. A
presidente afastada teve o topete de nomear ministro o seu antecessor, que,
dias antes, submetido a uma condução coercitiva, ameaçou a todos com a
"vingança da jararaca".
Antes mesmo do ato de nomeação, procurou as autoridades de Brasília e manteve
reuniões a portas fechadas, conspirando abertamente contra a Lava Jato e os
fundamentos da República.
Tendo sido impedido de tomar posse pelo Supremo, Lula acoitou-se num quarto de
hotel e passou a se comportar como o virtual dono da República. Cargos da
República era negociados no seu feirão.
Os petistas saíam aos quatro ventos: "Agora, sim, tudo vai mudar. Afinal,
Lula está no comando".
A verdade que se viu foi bem outra: a nomeação do chefão, pouco depois de
gravações escabrosas terem ido ao ar, implica um claro desafio ao Ministério
Público e à Polícia Federal. O termo de posse que Dilma antecipou àquele que
seria seu ministro expôs, de maneira cabal, o que merece o nome de conspiração
e se caracteriza como "obstrução da Justiça".
Isso tudo explica aquela cara de Lula. Já houve um tempo em que todas as
besteiras que dizia viravam lei. Desta feita, bateu no peito, disse que fazia e
acontecia e deu com os burros n'água.
Aquela cara à porta do Palácio era a cara da decadência, de quem não entendeu
até agora as regras da democracia.
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